domingo, 30 de janeiro de 2011

Primeira indiferença

Existem garotos que deixam sua marca.  Alguns no coração, outros na cabeça e aqueles que deixam no pescoço. Mas existem aqueles que nós simplesmente não nos importamos. Aqueles que não influenciaram em, absolutamente, nada!  Os que ligam e nós fazemos questão de não atender ou, até mesmo gritar pra amiga do lado: “Amiga, é ele de novo! Por favor, atende e diz que eu tô no banho, não, não, se não ele vai ligar daqui a pouco de novo, diz a ele que eu saí, não, não, se não ele vai ligar bem tarde quando eu já estiver dormindo, diz a ele que eu morri, isso! Que eu morri e que o enterro vai ser amanhã e que todos estão muito ocupados arrumando os arranjos de flores.” Sua amiga atende e diz exatamente isso e enquanto ela fala você pensa: “Droga! E se esse pé no saco resolver vir ao enterro?” Você olha pra amiga e diz: “Adianta o enterro pra daqui a dez minutos”.
 Não importa o quão lindo ele seja, não importa o quão rico ele seja, não importa o quão sangue azul ele tenha ou quão culto ele aparenta ser, existem alguns garotos que não são bons o suficiente nem mesmo pra te fazer querer mais. É como se a química não rolasse, por mais que ele beije maravilhosamente bem. É como se ele fosse só um pacote bonito, mas o que a gente faz com o pacote quando ganhamos um presente? Rasgamos. Então, do que adianta?
Pior do que encontrar um PPG(Parceiro em Potencial Genético) que nos faça sofrer é encontrar um PPG que não nos faça absolutamente nada. Me desculpe, mas se você acha que um abdômen sarado e cabelos à Bieber já vão nos encher de prazer vocês estão absolutamente enganados. Nós, garotas, temos pena de garotos como vocês. Porque é um desperdício jogar beleza em um saco vazio. O garoto precisa ter conteúdo. O garoto precisa ter atitude. Precisa ter uma mescla de fofura e malandragem. Precisa ter a dosagem certo de encanto. O garoto precisa ser O garoto pra que as coisas simplesmente funcionem. Para que nós, pobres garotas indefesas e cheias de esperança, depositemos em vocês a esperança de um grande amor ou a adrenalina de uma grande aventura. Para que nós notemos que vocês existem, que estão ali como um homem e como um PPG. Ou se não, boy, (risos) vocês são carta fora do baralho.
Se você, garoto, mandar uma mensagem e ela não responder fique atento. Se você ligar e ela não atender, abra olho. Ligue mais uma vez pra checar depois de alguns dias. Se ela não atender novamente, tente no dia seguinte. Agora, meu rapaz, se a amiga atender, (risos), é melhor você se preocupar. Nós garotas só procuramos as amigas pra resolver esse tipo de problema na última instancia. É melhor você cair fora, partir pra outra, ok?
Eu o conheci no shopping, daí você tira. Quem conhece alguém no shopping? Eu. Lembro que naquele dia eu fui com as minhas amigas fazer absolutamente nada lá e acabamos nos deparando com um garoto lindíssimo que conhecíamos somente de vista e no mundo virtual. Ele estava com os amigos e, como nós, parecia estar fazendo absolutamente nada no shopping. Nós os seguimos. Não lembro ao certo como, mas a troca de olhares começou e de forma bem explicita. Comecei a (desculpe o termo antiquado, mas é o mais adequado pra situação)flertar com o tal garoto que havia falado anteriormente. Ele acabou nos chamando até lá. Fomos. Quando chegamos o tal garoto nos apresentou para os amigos dele e um deles começou a se insinuar para mim. O problema é que eu não tava dando a mínima para ele. Eu não estava interessada nele pra começo de conversa. Era no garoto do começo da história em quem eu estava pensando. Droga! Mas ele tava impedindo qualquer tipo de aproximação e isso estava dificultando as coisas. Quando eu vi que não adiantava mais, resolvi dá um pouco de atenção a pobre criatura que falava comigo. Ele não era feio... Não. Pelo contrário, era até bonito. Era branquinho, tinha os olhos verdes. Um tom de verde bem charmoso por sinal. Os olhos ficavam encobertos pelos óculos de grau. O sorriso era bonito também, ele tinha um imperfeição nos dois dentes da frente, mas algo que só incrementava o seu charme. O que aconteceu? Acabei ficando com ele devido seus atributos físicos. Ele pediu meu telefone e eu nem me importei se ele ia ligar ou não no final da contas. Além do olhos verdes, ele não me chamou mais atenção de nenhum modo. Voltei á casa a fim de tomar um banho e me deitar. Era só nisso em que eu pensava no final daquele dia.
O problema é que eu não esperava a ligação dele e ele simplesmente ligou. Sério, parece uma coisa Deus, a probabilidade de o seu PPG ligar quando você espera a ligação é tão pequena que você acaba morrendo (desistindo) no meio do caminho. Mas é incrível, quando você apenas se desliga dele, assiste um filme e conversa com as amigas, a ligação sempre parece acontecer com mais facilidade (não tente fingir que está assistindo um filme e conversando com as amigas enquanto espera a ligação dele, isso não funciona). Ele ligou. Eu atendi porque não reconheci o número. Ele iniciou o papo furado, me chamou pra sair, eu desconversei.
No dia seguinte. Ele me ligou, iniciou o papo furado, me chamou pra sair, eu desconversei.
No dia seguinte ao dia seguinte. Ele me ligou, iniciou o papo furado, me chamou pra sair, eu desconversei.
TU.TU.TU.TU....
O celular está fora de área ou desligado.
Uffa. Ainda bem que ele não demorou muito tempo para entender a mensagem. CAI FORA.
Nossa história de... Enfim, o que quer que isso foi durou apenas aqueles momentos indiferentes da minha vida.
Hoje ele está mais gato que nunca, tenho ele na minha lista de amigos do Orkut, mas não mantemos nenhum contato. Também não faço questão de manter nenhum tipo de relação com ele. Até porque, né? É óbvio que não era ele!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Primeiro Rancor!

Imagine o pior garoto(a) que você já ficou em toda sua vida e multiplique por 100. Agora imagine o garoto(a) mais asqueroso(a) que já viu em toda a sua vida e dê uma misturadinha ao pior garoto(a) que você ficou. Acrescente um pouco de idiotice, feiúra, estupidez e burrice. Acha muito? Não acabou ainda. Acrescente mais um pouco dos ingredientes citados anteriormente e junte com ignorância e um pouco de fracasso. Não, melhor, com muito fracasso e finalmente estará pronto. Estará pronto um protótipo do garoto mais ridículo que alguém pode conhecer/ficar/namorar/casar.
Toda garota guarda rancor/magoa/decepção de algum garoto que já ficou/namorou na vida. Por menor que ela seja, ela existe. Ela está ai dentro e nunca te largará. Como um encosto. Um encosto ruim. Que gruda.  Se infiltra. Entra pela pele, atingi o coração e não larga, não larga nunca, nunca mais. Talvez você chegue a esquecer por um bom tempo, mas sempre que alguém te perguntar qual foi a pior besteira/burrice em relação ao amor que você já cometeu, você lembrará dele. E ele estará lá, nítido. Não como um pesadelo, mas como uma realidade que insisti em te acompanhar e ultrapassar as barreiras do tempo e de seus novos amores.
Quer um conselho? Mate-o. Como eu fiz.
Mate-o em seus pensamentos da forma mais assustadora e maligna que sua mente te ajudar a imaginar. E cada gota de sangue que cair do seu corpo esdrúxulo ria alto. Um riso maligno. Mas cuidado para não sujar as mãos enquanto mata cada lembrança que tiveram juntos. Você não vai querer que sobre nada, vai?
Não se assuste. Eu não sou a pessoa mau que você está imaginando que sou. Sou calma e pacífica.
O que ele fez a mim? Cruzou o meu caminho. Simples.
Como apaguei boa parte das lembranças as quais ele fez parte não vou encher meu post com detalhes. Nem perderei partes preciosas do meu tempo contando essa história. Aí vai o resumo:
Não lembro como nos conhecemos. O que lembro é que ele fazia muito sucesso com as garotas da minha cidade. Talvez até mesmo com as minhas amigas, não lembro ao certo. Não entendo o motivo, ele não era lá grande coisa. Podemos considerá-lo uma criatura feia e mal vestida. Mas ele devia ter seu charme, pois as garotas simplesmente estavam lá para ele. Talvez isso que me atraiu nele. A forma como ele tinha presença e como ele liderava a sua turma de amigos. Acho que isso me atraiu. O seu suposto poder e a sua presença diante dos demais. Ficamos amigos e as coisas começaram a mudar entre nós. Ele se apaixonou por mim, talvez porque eu não o tratava da mesma forma como suas tietes o tratavam. Acabamos nos relacionando durantes alguns meses. Não muitos. Mas também não lembro quanto tempo ao certo. Com o passar do tempo fui descobrindo o quão podre a pessoa dele era. Descobri que ela mentia sobre tudo. Sobre quem ele era, o que ele tinha, de onde ele era, enfim. Descobri que até mesmo seu nome não era o que ele havia dito a mim desde o dia em que nos conhecemos. Descobri as mentiras que ele inventava aos meus amigos, as histórias que inventava sobre nós e sobre tudo que o envolvia de qualquer que fosse a forma. Ele era uma farsa completa. Ele era tão falso quanto as blusas de marca que vestia. A criatura mais repugnante e mentirosa que eu conheci nesses quase 17 anos de vida.
Esse pesadelo durou apenas alguns poucos meses (graças a Deus). Hoje eu não sei do paradeiro desta criatura e nem quero saber. O pouco que sei sobre ele, hoje, é que até alguns meses atrás ele ainda dizia me amar (provas disso são as mensagens que ele mandou para o meu celular e que eu fiz questão de apagar). Além disso, ele engravidou uma garota que estudou comigo. Deus, pobre garota (e pensar que eu poderia ter tido esse triste fim, ainda bem que acordei antes de eu morrer)! Graças a Deus a criança é saudável e não puxou em nada ao pai. A conclusão que eu tive desta história foi a seguinte: DEFINITIVAMENTE NÃO ERA ELE!

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Primeiro garoto de Balada!

Muitas garotas já se fizeram a seguinte pergunta: “Conheci ele na balada, será que pode dar certo?”, ou até mesmo já escutou uma amiga fazê-la. Não, melhor, muitas passaram semanas inteiras relembrando os momentos maravilhosos que passaram juntos naquela noite que, muitas vezes, não voltará a se repetir. Esperaram ele ligar/adicionar ou manter qualquer contato com você durante as semanas que se seguiram após a grande noite. E o que acontece? Muitas vezes o conto de fadas acaba bem antes do “felizes para sempre”.
Se você é uma garota comprometida e conheceu seu atual namorado em uma balada você é, definitivamente, uma garota de muita sorte.
Se você é um garoto comprometido e conheceu sua atual namorada em uma balada, de duas uma, ou você é um verdadeiro príncipe encantando que não entendi o verdadeiro significado masculino do que seja uma balada ou você acabou parando no lugar errado na noite em que se conheceram.
Porque venhamos e convenhamos, nós garotas sabemos o que vocês esperam de uma noite com música alta e bebidas.
Tudo bem, eu não o conheci na balada. Eu já havia o visto algumas vezes pela cidade e ele era, definitivamente, um gato! Os cabelos lisos e castanhos caiam sobre os olhos e lhe davam um aspecto deslocado e surreal. Ele era um charme.  Ele não me conhecia. Eu não chamava muito atenção naquela época (não que agora eu chame, mas eu melhorei bastante) e ele nunca havia me notado até aquela noite. Nos esbarramos meio que por acaso, eu estava com algumas amigas dando a típica volta pela festa como sempre fazemos até hoje. Ele veio em nossa direção e começamos a trocar algumas palavras. Rimos um pouco enquanto falávamos alto. Tempos depois estávamos de mãos dadas. Saímos pela festa juntos. Conversamos mais um pouco. Ele me falava sobre coisas que eu já sabia sobre ele e eu falava sobre coisas que ele nunca chegou a ouvir sobre mim. Meu nome, meu endereço, minha escola, meus amigos, o que eu gostava e não gostava de fazer/ouvir/assistir. Enfim, o tempo foi passando e permanecíamos juntos. Até a hora que eu tive quer ir para casa. Despedi-me dos meus amigos e fui.
Quando lá cheguei, revivi todos aqueles momentos que havíamos passado juntos. Senti o cheiro dele na minha blusa e pensei como havia sido perfeito. Meu telefone então tocou. Meus batimentos cardíacos aceleraram. Corri para atender. Quem seria em plena madrugada. Fui dominada de expectativa ao atender o telefonema. A voz do outro lado da linha era de um homem. Ele me chamou de Renata e eu disse que era engano, não havia nenhuma Renata ali.  O homem do outro lado da linha riu e eu fiquei sem entender. Ele finalmente se identificou como um amigo meu e disse que eu me chamava Renata sim, que agora meu nome era Renata. Perguntei o porquê e ele disse que o tal garoto que eu havia ficado na festa havia dito a todos que esse era o meu nome, que ele havia ficado aquela noite com uma garota chamada Renata.
COMO ASSIM BIAL? Renata? Quem é Renata na balada?
Nossa história de amor durou uma noite. Esse mesmo garoto namorou minha prima durante algum tempo e até certo tempo atrás ainda sustentavam sentimentos um pelo outro. Eu e ele não temos nada em comum e, hoje, somos colegas de cumprimentos. A verdade é que não era ele!           

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O Primeiro Beijo

O primeiro beijo pode ser visto de diversos aspectos e de diversas formas.
O primeiro beijo pode ser o primeiro contato íntimo que você teve com o seu parceiro, quem quer que ele seja, e que ,de alguma forma, te tocou tanto emocionalmente quanto fisicamente. Digamos que para muitos o primeiro beijo é ,sem dúvidas, a situação mais constrangedora e nojenta que podemos ter. É a fase que nos sentimos parte de um todo. Que entendemos o verdadeiro motivo de finalmente sermos considerados adolescentes/adultos. Pois não se enganem, por mais frustrante que seja o seu primeiro beijo, você sempre irá querer repeti-lo. Diversas e diversas vezes.
Eu tinha doze anos. Para os meus pais, eu era muito jovem. Nem tinha peito suficiente para proteger o meu pobre coração que tantas vezes iria sofrer grandes golpes da paixão. Mas era adulta o suficiente para sentir atração por um garoto qualquer que eu achasse que me convinha de alguma forma. A verdade é que bem antes disso eu tive minha primeira paixão séria. Daquelas que você sente uma vontade insana de abraçar, beijar e estar com a pessoa a qualquer hora do dia. Eu tinha dez anos naquela época. Ele tinha quinze. Foi o meu primeiro selinho de garota e garoto. E teve gosto de pirulito de morango. Mas não trataremos desse assunto agora. Ele retornará nos próximos posts.
O que importa é que o meu primeiro beijo, beijo mesmo, se é que você me entende depois desta ênfase toda, foi aos 12 e, como toda garota, eu posso afirmar que foi inesquecível! (Nojento também).
Ele era meu vizinho. Sempre o via pedalando por frente a minha casa logo cedo. Ele não era o garoto mais bonito que eu já vira, nem o mais forte, nem o mais simpático. Ele era magro, tinha os cabelos longos, longos mesmo, abaixo do ombro e sempre passava tão rápido que nunca chegava a ver com precisão seu rosto. Mas acabamos nos conhecendo depois que ele foi estudar na mesma escola que eu. E com o passar do tempo nos aproximamos. Aconteceu quase que naturalmente. Não vou mentir dizendo que nossos olhares se cruzaram e a química aconteceu. Não, isso não é verdade. Com a ajuda da minha querida prima as coisas simplesmente foram agilizadas.  O que lembro é que ainda estava no começo do ano, o cheiro do uniforme novo ainda estava no ar, as canetas ainda não estavam gastas e as letras no caderno ainda estavam uniformes já que a preguiça que vem com o decorrer do tempo ainda não havia batido em minha porta. Encontramo-nos em frente a casa dele à noite. Sentamos um ao lado do outro e ficamos envergonhados, sem saber o que dizer. Com um empurrãozinho aqui e outro ali meu primeiro beijo aconteceu! O que eu me lembro daquele momento? Eu lembro de pensar o seguinte: “Que P* é essa que ele ta fazendo?” e depois de pensar: “ECAAAA!” e logo depois: “ Isso não vai acabar nunca?” e em seguida já havia acabado. Um silêncio mortal se seguiu. Novamente nos beijamos. E depois de alguns beijos eu me tornei mestre nessa arte.
Meu primeiro beijo se resume a isso. Mas o melhor ou pior, dependendo do ângulo de quem ver a história vem a seguir.  Acompanhado ao meu primeiro beijo e a minha primeira paixão adolescente veio minha primeira decepção amorosa.
 Eu era muito nova. Nunca havia beijado nada e nem ninguém antes. Eu estava com vergonha. O pior. Eu era uma garota de doze anos com vergonha. Então imagine só a dificuldade que eu tinha de levantar todas as manhãs e saber que eu ia me deparar com o meu suposto príncipe encantado todo os dias à tarde no colégio e que, no final das contas, eu não iria conseguir nem cumprimentá-lo sem que minhas pernas tremessem. Isso acabou dificultando as coisas. E aos poucos minha timidez ia me afastando do meu primeiro amor juvenil. Não deu outra! Fui substituída.
COMO ASSIM BIAL? Eu tinha doze anos e estava apaixonada/envergonha/substituída.
E o pior, por uma amiga! Não. Ele não podia fazer isso comigo. Eu o amava!
Ele me ligou na noite em que eu descobri. Nós conversamos e eu acabei jogando todo o meu ódio em cima dele. Derramei minhas primeiras lágrimas reais por um homem. As primeiras de muitas que viriam. E ali, naquele momento, eu era apenas uma garota traída e humilhada por alguém que eu jurava amar aos doze anos.  Nossa história de amor durou apenas alguns meses. No final das contas, ele acabou sem nenhuma das duas.
A verdade é que ele namorou durante um ano minha melhor amiga e, atualmente, ele está solteiro. Ele não é mais meu vizinho, mas nos vemos bem mais hoje do que durante todos os anos que moramos um perto do outro. Hoje, não guardamos mágoas um do outro nem sustentamos esperanças de que nossa história volte a acontecer (pelo menos, não eu). Somos amigos e compartilhamos momentos incríveis juntos. Mas, infelizmente, não era ele!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Hi!

Vocês trocaram algumas palavras. Logo depois, alguns beijos. Ele olhou pro lado, viu os amigos. Você olhou pro lado, viu as amigas. Sorrisos cobertos de esperança foram trocados entre elas e você. Quando os olhos dele e os seus voltaram a se encontrar, ele disse que tinha que ir. Não, ele não pediu seu telefone e você logo percebeu que se esqueceu de perguntar o nome dele.  Não era ele!
O sonzinho padrão da janela do MSN ecoou pelo quarto. Os batimentos cardíacos aceleraram. Você correu até o computador a fim de ver quem falava com você. Não era ele!
O celular tocou. O número estava no inibido. Você deixou chamar algumas vezes, não podia deixar a entender que você estava esperando por aquela ligação há dias. Não era ele!
Sua amiga ligou. Disse que tinha algo muito importante para te falar. Você ficou empolgada. Talvez ela tivesse algo a falar sobre a única coisa que realmente te interessava naquele momento.  Não era sobre ele!
Você já passou por alguma dessas situações? Bom, eu não sei. O que sei é que esses são fatos verídicos. Já aconteceram inúmeras vezes comigo. E a conclusão que eu cheguei foi a seguinte: Não, não era ele!
Não. Ele não perguntou meu número/MSN/Orkut(/algumas vezes, até meu nome). Não. Ele não me mandou uma mensagem ou, pelo menos, retornou minha ligação. Não. Ele não ligou e nem me convidou para sair. Não. Ele não tentou falar comigo no MSN e ficou offline quando eu tentei puxar assunto. Não. Minha amiga não me trazia histórias/comentários de como ele gostava de mim. Não. Ele nunca pensou ou sequer tentou me pedir em namoro.
A verdade é que não era ele.
E você vai entender o porquê.
Você vai se identificar (ou não) com esses relatos que farei aqui no Não era ele. Afinal, se você nunca tiver passado por momentos ao menos parecidos com esses eu preciso lhe conhecer. Será uma honra conhecer a garota que vai virar meu exemplo de vida a partir de então. Pois de duas uma: ou você não existe ou você nunca viveu nenhuma experiência amorosa.
Para todos os garotos que por acaso vierem a ler o que eu escrever por aqui, não se ofendam de nenhum modo, por favor, isso não é, de forma alguma, uma generalização!  E para aqueles que se reconhecerem nos relatos, peço, desde já, mil desculpas, mas não divulgarei seus nomes exatamente para não haver nenhum tipo de constrangimento. Se por acaso você não gostar do que aqui coloquei, venha tratar imediatamente comigo, pois eu adoro ‘lavar a roupa suja’.  Não guardo magoa de nenhum de vocês (quer dizer, não de todos). O que eu vou expor aqui são sentimentos verdadeiros e de alguma forma reprimido (fala sério, se você me conhece e tem algum tipo de proximidade comigo, mesmo que seja ínfimo, sabe que meus sentimentos estão longe de serem reprimidos).  Então se sintam lisonjeados, vocês já tocaram/magoaram o coração de uma garota.
O meu coração foi usado/ludibriado/maltratado por muitos de vocês. Mas, ao mesmo tempo ele ficou mais forte. Eu não perdi as esperanças de encontrar alguém especial, de forma alguma. Nem vou mentir dizendo que agora sei quando estou de frente ao garoto errado para mim.   Eu simplesmente sofro bem menos quando me deparo com um desses, não porque a dor esteja ficando mais fraca com o decorrer das desilusões, mas porque eu acabo encontrando outro produto danificado logo em seguida e me engano pensando que esse será mais fácil de consertar.
No final, as coisas nem são tão difíceis assim.  Mas pra isso, regra número 1: não se apaixone. Caso isso aconteça, tudo pode estar o mais claro possível e ainda assim você não conseguirá enxergar que não; Não era ele. Ele não era o cara certo pra você!

Paz e até a próxima!