sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Primeiro Namorado (PARTE 2)

O que seria do amor sem o flerte? Sem a conquista? Sem o famoso frio na barriga? Porque na minha opinião, do que vale o amor sem a incerteza da reciprocidade? Ai, Ai. Suspiros da paixão me invadem enquanto escrevo esse Post de hoje. Só de pensar eu já me sinto mais leve, flutuando, eu já me sinto quase que apaixonada pela idéia de me apaixonar...
Homens e Mulheres, seres tão diferentes em tantos os aspectos, mas tão iguais em outros. Quando amam, viram um só. Afinal, amar, para mim, é o estado de maior plenitude da alma. E enquanto eu escrevo esse texto, eu escuto uma música maravilhosa e apaixonante, que, sem fazer 'merchan', recomendo a vocês baixarem: Breakin at the cracks – Colbie Caillat.
Tudo bem! Vou parar com a baboseira romântica dos dois parágrafos anteriores pra falar da conquista como uma garota de verdade, que já viveu isso na pele e sabe o quão difícil é, falaria... Aquela ali do início do Post sou eu vivendo um filme da sessão da tarde, então ignorem!
Os modos de conquistas podem variar muito, muito mesmo. Você não vai flertar com o garoto da balada do mesmo modo que flertaria com o seu colega de classe. Você não vai tratar o garoto da micareta, como você trataria o rapaz que conheceu na crisma. Imagine só, viaje comigo pelos mistérios da mente....
Como você conquistaria o gato que senta do seu lado na classe usando os mesmos modos de conquista da balada? Ah, com certeza você iria passar a aula dançando pra ele e trocando olhares enquanto faz charminho jogando o cabelo de um lado pro outro... – Não.
Como você conquistaria o gatinho da crisma usando os mesmos modos de conquista da micareta? Essa é fácil! Enquanto rezam, escutando aquela música de louvor no fundo, você chega pra ele e PAH, taca o beijo na boca do sujeito na frente do trio elét... quer dizer, do Padre... - Não.
Enfim.
Alguns muitos compram livros para aprender a arte da conquista: “Como ganhar um homem/mulher em 10 dias” ou “X formas de agir para conquistar o gato(a)” ou, até mesmo, “Como fazer qualquer pessoa se apaixonar por você” – esse último realmente existe e se encontra disponível na minha prateleira de livros. Essas pessoas (e eu me incluo nelas sem vergonha de admitir) já tentaram colocar em prática todas as regras e conselhos dados por esses livros conhecidos como AUTO-AJUDA, que de nada servem a não ser lhe ensinar coisas que você já sabia e que quando escritas conseguem se tornar, de certa forma, realmente grandiosas, como por exemplo: “Seja simpática (o) com o seu (sua) pretendente(sim, eles usam esse tipo de termo) e solte alguns elogios durante a conversa” – POH, QUE IRADO! NUNCA PENSEI EM SER SIMPÁTICA COM O CARINHA QUE EU GOSTO, TENHO CERTEZA QUE ELE VAI SE APAIXONAR POR MIM AGORA! *cricricri*.
Sério mesmo, se você gata, ainda ler esse tipo de coisa (por mais viciante que seja) caia fora. Você não quer ficar solteira pra sempre quer? Então largue logo essa porcaria antes que você vire um robô e tudo que você faça durante a paquera se torne tão mecânico e sistemático como esses livros imploram pra que seja.
Apenas curta o momento. Seja você mesma, por mais difícil que seja, não invente que é uma Femme Fatalie se você está mais pra  Cinderela e nem que é uma mulher Culta se você só ler revistas Teens, ok? Não fale de futebol se você não souber quem ganhou o Brasileirão no ano passado ou mesmo se você não souber o que é o Brasileirão.  (Mas falar de futebol sempre é uma boa, vou te dá uma dica então: Brasileirão é um campeonato de futebol e o campeão do ano passado foi o Fluminense, ok? Não conta a ninguém que foi eu que te falei, tá?).
Pois bem, a dificuldade de se conquistar alguém é simplesmente essa, a de você conseguir ser você mesma e se sentir segura em relação a isso. Quanto mais segura você for, mas fácil de conquistar qualquer carinha. Não seja fácil se não tiver vontade de ser, não seja difícil se você não conseguir. Diga o que quiser/Ligue/Mande mensagem/Beije quando você sentir vontade, mas se sinta bem em relação a isso, não fique pensando no que ele vai achar de suas atitudes, se permita. Uma mulher segura vale mais do que uma mulher bela/inteligente/engraçada, porque ela pode ser o que quiser, quando quiser.
 Eu não sabia disso tudo quando me apaixonei por ele e mesmo que soubesse eu estava apaixonada. Eu te disse, na apresentação do Não era ele, que se você quer que as coisas sejam fáceis não se apaixone e bem, essa é uma verdade. Eu não sabia como agir e ficava muito boba em relação a ele. Tudo que ele me falava podia ser um indício de que ele gostava de mim como eu gostava dele, mas também qualquer coisa que pudesse soar como o contrário disso me deixava muito mal. Como eu fiz o favor de dizer a todos, menos a ele, o que eu sentia, muitas pessoas vinham encher minha cabeça com coisas como: “Vai lá, ele ta muito afim de ti!” ou “Fala sério, ele não quer nada com você, acho que até mesmo ele não quer nada com ninguém!”. Isso me deixava confusa, muito confusa. A irmã dele foi a minha mais forte aliada, ela me ajudou bastante na nossa aproximação e acho que se não fosse por ela, talvez as coisas nunca tivessem de fato rolado. Ele era muito tímido e muito reservado e apesar de eu ser um pouco diferente disso, as coisas não fluíam com tanto facilidade. Eu vivia na casa dele, conversando com ele, ligando pra ele, mas ainda assim, ele parecia não querer enxergar o que eu sentia. Quando ficamos pela primeira vez era carnaval e precisou de todo aquele empurrãozinho clássico pra que as coisas rolassem. O importante foi que aconteceu e eu estava realmente muito feliz por isso naquele momento. Dalí pra frente só dependia de mim e dele para que as coisas acontecessem e eu estava disposta a levar isso à diante. Sim, eu estava!
 Entramos em um estágio diferente. Éramos “ficantes”, mas o que fazer depois que chegamos nesse nível? Ficar todo dia ou não? Somos exclusivos um do outro ou não? Afinal, o que significa ser “ficante” de alguém? Sério mesmo, que coisinha mais complicada.
Vou deixar para o próximo Post, tenho que refletir sobre isso. Paz! :*

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Primeiro Namorado.

Mais que o primeiro amor, o primeiro beijo ou, até mesmo, sua primeira decepção amorosa, o seu primeiro relacionamento marcará e permanecerá constantemente nas suas lembranças.  Ele te seguirá por muito tempo...
Falar do primeiro namorado (e no meu caso, o único) não é nada fácil... Digamos que é o tipo de história em que você não escreve apenas um Post, você escreve vários. Por quê? Digamos que não importa quanto tempo você passou ao lado de alguém em um relacionamento, 1 semana ou 1 ano, sempre será o suficiente pra viver algo incrível ou não, aprender ou desaprender mil e uma coisas.
É por isso que dividirei esse post em 4! Não, eu não vou encher seu saco falando em como eu o amei ou como tudo foi lindo entre nós. Não. Não farei isso. Mas é que, como eu disse, apesar de termos namorado pouco tempo (apenas 3 meses e alguns dias), posso dizer que aprendi muito com o nosso relacionamento e amadureci bastante depois de tudo.
Enfim, começarei falando o quanto é difícil arranjar um namorado quando você procura por um... (Não espere muito deste post, a fase da procura por um PPG é de fato entediante e cansativa).
O que aconteceu com os homens de verdade? Os homens que estão prontos para te ouvir quando você precisa ser escutada e quando não precisa? Os homens que te deixam a vontade com um simples sorriso e um abraço forte? Os homens que querem estar com você, somente, e não em uma festa qualquer com várias outras mulheres? Os homens que abandonam o futebol com os amigos e a cervejinha gelada por um filme romântico e uma pipoca quente?
ELES NUNCA EXISTIRAM.
Sério, não fique triste! Eles nunca existiram e nem existem agora. Se você conhece um desses, ele com certeza está sob o efeito de narcóticos ou sob o efeitos da droga do amor. (Risos) Tá, eu exagerei um pouco, mas só um pouco. O que eu quero dizer é que está difícil de encontrar um cara pra namorar nos dias de hoje.
Mas a culpa, garotas, não é só desses homens que já não querem nos levar a sério, a culpa também é nossa. Por quê?! Ah, porque nós estamos sempre lá para eles.  Se um homem quer beijar na boca hoje em dia, é só ir pra qualquer protótipo de balada e ele conseguirá, pois sempre existirá uma de nós que estará à disposição para ele. Não quero dizer com isso que estamos a cada dia mais fáceis, não, para mim, isso é reflexo da nossa desilusão. Se você não pode com ele, junte-se a ele, já dizia algum sábio por aí. E assim, fizemos. Todas nós, em algum momento da vida. (Não me venha com puritanismo, ok? Se você quer dá uma de santa, procure o convento mais próximo!).
O que acontece é que devido a isso, namorar nos dias atuais é para poucos. Ganhar na loteria talvez seja mais fácil.  Eu pelo menos estou prestes a desistir dos dois. Namoro e apostas, duas ilusões na minha vida.
Eu o conheci por acaso. Em um desses desatinos da vida! Ele estudava no mesmo colégio que eu, mas éramos dois estranhos um pro outro, pra falar a verdade, antes daquele dia, eu nem sabia da existência dele. Enfim, nos conhecemos. De cara, passamos um final de semana juntos, o que de certa forma ajudou a nos aproximar bastante. Ele, como a pessoa simpática que é, me cativou e conseguiu despertar em mim um sentimento de amizade muito grande. A partir de então éramos amigos de infância.
No colégio então, as coisas mudaram. Sempre que nos víamos tínhamos que conversar ou relembrar os momentos daquele final de semana inusitado. Ficamos cada vez mais próximos, cada vez mais íntimos. E, com o passar do tempo, também me aproximei não somente dele, mas de sua irmã e seus amigos. Eles acabaram se tornando parte fundamental da minha vida, como se eles tivessem estado sempre ali pra mim. Eu os adorava.
Ele era/é uma pessoa maravilhosa e com o passar do tempo eu acabei me pegando por necessitar demais de sua amizade e atenção. Não entendia muito bem o que estava acontecendo entre a gente, mas sentia que algo tinha mudado. Minha querida amiga Zélia Camila (prometi que citaria esse nome aqui) teve papel crucial na reviravolta dessa história e acho que sem ela até hoje não teria descoberto que o que eu sentia por ele já não era mais simplesmente afeto. É aquela coisa, amizade que vira amor, como eu havia falado no post anterior... Enfim. Obrigada, Camila, muito obrigada! Continuando... Eu, muito efusiva como sempre, e sem saber administrar minha carga de interesse pelos homens acabei explodindo e deixando bem claro pra quem quer que seja os meus sentimentos em relação a ele. Sabe como é mulher apaixonada, né? Sempre procurando um motivo pra falar sobre o ‘carinha’ e, lógico, se não achar, inventa, qual o problema? (risos).
Se você foi minha amiga naquela época, peço desde já mil desculpas pelas mil e uma vezes que falei sobre ele pra você!
Se você foi meu colega de classe e sentou perto de mim alguma vez por causa do mapa de sala, peço desde já mil desculpas pelas mil e uma vezes que eu falei sobre ele pra você!
Se você sentou perto de mim no ônibus naquela época, peço desde já mil desculpas pelas mil e uma vezes que falei sobre ele pra você!
Se você sorriu pra mim naquela...
Pois bem... E assim nos conhecemos, ficamos próximos, amigos, íntimos e, por fim, me dei conta de que estava apaixonada, era, então, a hora de mostrar o que eu queria!
Começa então a segunda fase. A melhor fase é essa. Se você já passou por isso, você saberá, a fase da conquista... Ela é linda, linda mesmo. Cheia de truques, frases de efeito, ilusões de ótica, borboletas na barriga. Por mim, viveríamos constantemente assim, em pleno flerte. Onde tudo, qualquer sinal, qualquer olhar e gesto é motivo para que o mundo vire de cabeça para baixo e para que você perca horas de sono, já que sua cabeça fica vagando antes de dormir imaginando o que acontecerá no próximo ato e relembrando qualquer que seja o indício de interesse que ele soltou sem querer e que muitas vezes nem existe...
Falarei um pouco mais sobre esse momento tão doce e tão excitante no próximo post. Até lá, paz! :D

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Primeiro carnaval

AH, vamos lá, fala sério! Não me diga que você acreditou que fosse durar! (risos)
 Qual é a probabilidade de você encontrar o amor da sua vida no carnaval? A probabilidade é altíssima, até porque é no carnaval que todos os gatos do Planeta Terra (ou do seu Estado, se achar que é melhor) se reúnem. Então, a chance de você se esbarrar com Ele em uma das noites de carnaval repleta de álcool e pegação é grande! Mas por favor, não fique triste se ele ficar com você, mas acabar beijando outra na sua frente. Fique feliz por ele ter lhe concedido ao menos alguns minutos de atenção na época do ano mais quente e tentadora. (risos)
O que acontece é que, devido o fato de milhões de garotos estarem reunidos em algum local propicio a pegação, a chance de você encontrar o seu PPG (Parceiro em Potencial Genético – aquele que lhe dará filhos lindos) é imensa. Porém as chances de ele querer algo sério com você é ínfima, isso porque você mesma já sabe, álcool, axé/forró/marchinhas e pegação é tudo que eles precisam para achar que você é um número. Isso mesmo, porque é isso, garota esperançosa, que você se torna no carnaval. Torça para que você seja ao menos a 23ª, talvez ele ainda lembre do seu rosto na noite seguinte e vocês acabem ficando novamente. Garota de sorte você em? (RISOS)
Não me pergunte, garota, porque eu riu da nossa desgraça, ok? Porque eu lhe darei a resposta sem que você faça tal esforço.
A resposta é a seguinte: Todas nós sabemos (não se faça de boba, ok?) que isso é uma realidade. Uma realidade cruel. Mas é óbvio que aqueles garotos não estão ali procurando pela mulher ideal, aquela que lhe dará cama, comida e roupa lavada. Estão ali porque eles sustentam a mesma impressão de nós, garotas, de que nada queremos além de alguns beijos e massagens no ego (pode ser que algumas vezes isso seja verdade, não me declaro inocente diante de tal afirmação).  O que acontece é que o carnaval não é feito pra histórias de amor. O carnaval não é conto de fadas! Você já ouvir falar de alguma princesa da Disney que encontrou o príncipe encantado enquanto dançava Rebolation? Enquanto curtiam as marchinhas de carnaval como: “A pipa do vovô não sobe mais”? Não! Você não ouviu! Mas por que não? Porque elas não acreditam em carnaval! Elas não procuram o cara certo em lugares errados. Elas não são burras! – Tudo bem que a maioria é burra o suficiente pra aceitar comida de estranho ou confundir a própria avó com um lobo mau, mas não entraremos nesse assunto agora. Então, gata, não espere por seu príncipe encantado se não quiser morrer solteira. Nem muito menos no carnaval! Apenas espere por Ele, o cara certo, em lugares certos, ok? Até por que você não vai achar nada romântico se o seu PPG chegar em um cavalo branco no meio do show do Parangolé vai?
Dessa vez a história é rápida. Até por que, né? Foi Carnaval.
Eu lembro que foi meu primeiro carnaval desde que eu soube o quanto aquilo significava em relação a diversão! Eu era nova, com os meus bem vividos treze anos. Fui com a minha prima (a mesma que deu um empurrãozinho pro meu primeiro beijo) e outras duas amigas (a amiga que namorou o cara do meu primeiro beijo e aquela outra amiga pela qual eu fui substituída por ele) a uma das festa de carnaval mais bem conceituada do meu Estado. O objetivo a principio era se divertir ao máximo. Mas quando traições rolaram a coisa ficou diferente. Nós precisávamos conhecer alguém legal é lógico! Por que ali sim, era um campo minado de tamanha perfeição. Você olhava pro lado, BOM, explosão de beleza, olhava pro outro, BOM, explosão dupla de beleza e assim, BOM, BOM, BOM. Estavamos devastadas. Lembro que levei meu primeiro e único fora direto naquela noite. Quem disse que no carnaval você pode tudo? O cara tinha namorada. Lembro também que algum tempo depois eu esbarrei com ele. O cara do meu carnaval. Se você pedir para eu descrevê-lo agora eu não saberia. O tempo foi apagando o seu rosto das minhas memórias. Lembro que ele usava preto e que tinha o cabelo e os olhos castanhos. Lembro também do seu nome e esse eu vou revelar, até por que, já não me lembro mais dele e, com certeza, nem ele de mim. O nome dele é Caio.               
Nossa história de amor foi tão curta quanto o seu nome. Caio. Dois ou três beijos carnavalescos trocados, promessas que voltaríamos a nos ver ainda naquela noite, enfim. Eu era nova, mas não boba. Tudo acabou ali, depois de selada aquela promessa idiota. O nome ficou, mas o rosto... O rosto se foi.
Hoje, não sei de nada sobre ele. O que ele faz, onde ele mora, se ele está bem ou, ao menos, vivo. Mas onde quer que você esteja Caio, vivo ou morto, você me marcou de algum jeito. Você marcou o meu primeiro carnaval e me ensinou o que é folia (risos), mas não, você não era ele!

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Primeira Amizade Colorida

Se você nunca se apaixonou por um amigo, com certeza algum amigo se apaixonou por você. Se você diz que não, tenha ainda mais certeza, você que não notou. Minha mãe mesmo fala: “Amizade entre homem e mulher não existe”.  Tudo bem, ela pode estar generalizando. Mas a probabilidade de isso acontecer pelo menos uma vez na sua vida é grande. Não é que todos os seus amigos(as) vão se apaixonar por você em algum momento de sua vida. Não, eu não falei isso , falei? Mas se pelo menos um(a) não sentir nenhum tipo de atração por você em algum momento, o caso é grave.
 Quando nós, garotas, construímos uma amizade com um garoto, nós nos apegamos demais aquele vínculo. Porque não existe nada mais real/concreto do que a amizade de uma garota e um garoto quando ela de fato existe. É uma amizade a prova de inveja, de disputas, de egoísmo. Não corremos o risco de nos apaixonar pelo mesmo garoto, de comprarmos a mesma roupa pra usar naquela balada ou de querer ser ouvida primeiro na hora que a tristeza bate em nossas portas. Apenas há uma neutralização. Um complemento. Ele estará lá quando você precisar e você também, sem querer nada em troca. Mas aí entra o que eu disse em uma citação anterior. A amizade precisa existir. Ela precisa ser plena, completa, estar ali 100%, pois se não... Corre o risco de os sentimentos se confundirem.
Entenda, não fique pensando que aquele(a) seu amigo(a) de infância está apaixonado(a) por você porque ele(a) lhe deu um chocolate, assim, do nada, ou porque ele(a) te emprestou um dinheiro em um certo dia qualquer. Não, pelo amor, você ficará paranóica se pensa que as coisas são tão simples assim. No entanto, ATENÇÃO! Preste bastante atenção se e somente se...
1.       Se você for muita areia pro caminhãozinho dele(a), cuidado, a probabilidade de amigos(as) feios se apaixonarem são muito maiores.
2.       Se seu amigo(a) for muito areia pro seu caminhãozinho, cuidado... Brincadeira! Mas se ele for muito bonito, ah, não importa.
3.       Se ele(a) passa muito tempo com você e no final do dia ou em fins de semana ele(a) liga com freqüência.
4.       Se ele(a) abraça demais, beija demais, aperta demais, sufoca demais. Lógico, preste atenção e note se isso acontece só com você.
5.       Se ele(a) segura sua mão quando alguém está perto, toca seu ombro, abraça, principalmente, quando esse alguém for do sexo oposto.
6.       Se ele(a) põe defeito em todos os seus PPG’s. SINAL GRAVE!
7.       Se ele(a) rir de tudo que você fala, até quando não era pra rir.
8.       Se ele(a) te manda alguma mensagem dizendo que está com saudades. (valido somente para aqueles que se vêem com certa freqüência). SINAL GRAVE!
9.       Se ele(a) te xinga muito. (Pode parecer mentira, mas é uma verdade verdadeira).
10.   Se ele(a) achar que selinho é coisa de amigo. (Faça a pergunta e se a resposta for sim... hahahah).

Pois bem... Se o sentimento for recíproco, que bom! Amizade que vira amor tem muito mais chances de durar. Uma pena se for o contrário. Se você não sente o mesmo, as chances são quase nulas de um dia esse relacionamento vir a calhar, já que você geralmente conhece essa pessoa tão intimamente que acaba não sentindo aquele tipo de atração cega que sentimos ao estarmos apaixonados. CUIDADO! Pra sustentar uma amizade, precisamos que o sentimento seja mutuo, não adianta ser amigo sozinho, as coisas podem acabar ficando bem difíceis de agüentar...
Nos conhecemos no colégio. Ficamos amigos por acaso. Não tínhamos nada em comum. Eu ainda era uma garotinha ingênua, ele não, ele já conhecia a vida como um garoto de 13 anos conhece. Aos poucos, ele me ensinou como era divertido fugir da mesmice, sair do padrão, quebrar as regras.  Como era engraçado rir dos outros, falar alto e rir mais alto ainda. Me ensinou como era interessante ver as coisas de cima! Andar sem olhar para os lados ou sem desviar das pessoas. Gritar, cantar, dançar, sem ter vergonha! Se aquilo fosse ridículo para alguém, que fosse, chamaria aquilo de inveja se soubesse. Resumindo, ele me ensinou que eu podia me divertir sem ter medo de estar fazendo algo errado. Porque o errado existe pra dá um pouco de prazer a vida, pra quebrar a rotina. Ele me ensinou a ser eu mesma. A ser um pouco dele, lógico, mas hoje, de acordo com o meu amadurecimento, eu deixei o que tinha dele pra trás, sem tirar, de forma alguma, o seu mérito de ter me ajudado a agilizar meu processo metamórfico. Enfim, éramos amigos.
 Anos foram se passando. A intimidade feria, já não tínhamos mais barreiras nenhuma. Não conseguíamos passar mais que um dia sem nos falarmos. Tínhamos lá nossos apelidinhos carinhosos, mas também tínhamos nossos apelidos nada amigáveis. Para os olhos dos outros ou ouvidos, que seja, aquilo soava como ofensa e das feias! Mas, como eu disse, era íntimos. Piadas internas, brincadeiras que só nós dois entendíamos. Beijos e abraços constantes. Quem nos via até podia imaginar que éramos mais que amigos devido a isso. Como eu disse, não havia problema algum em trocar alguns selinhos vez ou outra, era íntimos.
Com o passar do tempo, as brigas foram aumentando de proporção. Já não agüentava mais os palpites que ele dava na minha vida, a falta de sensibilidade dele ao saber que eu tinha, talvez, me enganado em relação a algum carinha. Não agüentava não poder ligar para ele pra desabafar sobre o fulano e ele não estar disposto a escutar e dar os conselhos que antes, até eram mais fáceis de ser arrancados.
Certa noite, porém, ele resolveu me dizer tudo que pensava. E eu até entendo o porquê daquela noite. Era tarde, ele estava ‘alto’, já tinha visto e ouvido coisas demais e então resolveu falar, o que ele tinha a perder não? Ele tinha muito perder. MUITO. Uma amizade de anos. E foi isso que ele perdeu na noite em que ele disse, da forma mais grosseira de todas que me amava.
Sim, ele disse que me amava, numa noite sem lua, depois de uma mistura de bebidas de todas as cores e sabores. Ele disse que me amava com o coração cheio de raiva, de ressentimento e depois daquele dia, digamos que as coisas nunca mais foram as mesmas.
Passamos quase um ano sem nos falarmos de jeito nenhum, apesar de estudarmos juntos. Senti muitas saudades durante todos os meses que fiquei, de certa forma, longe dele. Pensei em algumas vezes tentar sentir algo por ele, mas não consegui. As coisas, felizmente, se ajeitaram.
Hoje, somos amigos, não como antes, claro. Mas as coisas estão bem melhores do que meses atrás. A espontaneidade voltou, já não somos completamente estranhos como éramos quando voltamos a nos falar. Hoje, ele voltou a ser alguém que eu considero muito. Mas, como eu deixei bem claro algum tempo atrás, volto a lembrar, não era ele.