Eu adoro dançar. Principalmente quando a única coisa que passa na sua cabeça nesse momento é o quanto aquela música é tão boa, mas tão boa que nada mais importa. O cabelo vai de um lado para o outro e algumas vezes gruda na boca por causa do batom. Daí você tira rapidinho e volta a curtir aquele momento único. Só você, a música alta e as luzes. Sim, as luzes. Não seria tão bom se elas não iluminassem a intensidade da dança e a sua vontade de dançar. E assim eu danço. Com um copo na mão, pra justificar qualquer passo bizarro ou sem ele, pra jogar os braços pra cima e deixar a coisa toda fluir. Então ele chega e atrapalha tudo e me priva desse momento, mas se os meus olhos falassem eu o convidaria pra dançar, só pra fazer ele sentir o que eu estava sentindo pouco segundos antes de ele desconsertar meus passos tortos.
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