sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Primeiro carnaval

AH, vamos lá, fala sério! Não me diga que você acreditou que fosse durar! (risos)
 Qual é a probabilidade de você encontrar o amor da sua vida no carnaval? A probabilidade é altíssima, até porque é no carnaval que todos os gatos do Planeta Terra (ou do seu Estado, se achar que é melhor) se reúnem. Então, a chance de você se esbarrar com Ele em uma das noites de carnaval repleta de álcool e pegação é grande! Mas por favor, não fique triste se ele ficar com você, mas acabar beijando outra na sua frente. Fique feliz por ele ter lhe concedido ao menos alguns minutos de atenção na época do ano mais quente e tentadora. (risos)
O que acontece é que, devido o fato de milhões de garotos estarem reunidos em algum local propicio a pegação, a chance de você encontrar o seu PPG (Parceiro em Potencial Genético – aquele que lhe dará filhos lindos) é imensa. Porém as chances de ele querer algo sério com você é ínfima, isso porque você mesma já sabe, álcool, axé/forró/marchinhas e pegação é tudo que eles precisam para achar que você é um número. Isso mesmo, porque é isso, garota esperançosa, que você se torna no carnaval. Torça para que você seja ao menos a 23ª, talvez ele ainda lembre do seu rosto na noite seguinte e vocês acabem ficando novamente. Garota de sorte você em? (RISOS)
Não me pergunte, garota, porque eu riu da nossa desgraça, ok? Porque eu lhe darei a resposta sem que você faça tal esforço.
A resposta é a seguinte: Todas nós sabemos (não se faça de boba, ok?) que isso é uma realidade. Uma realidade cruel. Mas é óbvio que aqueles garotos não estão ali procurando pela mulher ideal, aquela que lhe dará cama, comida e roupa lavada. Estão ali porque eles sustentam a mesma impressão de nós, garotas, de que nada queremos além de alguns beijos e massagens no ego (pode ser que algumas vezes isso seja verdade, não me declaro inocente diante de tal afirmação).  O que acontece é que o carnaval não é feito pra histórias de amor. O carnaval não é conto de fadas! Você já ouvir falar de alguma princesa da Disney que encontrou o príncipe encantado enquanto dançava Rebolation? Enquanto curtiam as marchinhas de carnaval como: “A pipa do vovô não sobe mais”? Não! Você não ouviu! Mas por que não? Porque elas não acreditam em carnaval! Elas não procuram o cara certo em lugares errados. Elas não são burras! – Tudo bem que a maioria é burra o suficiente pra aceitar comida de estranho ou confundir a própria avó com um lobo mau, mas não entraremos nesse assunto agora. Então, gata, não espere por seu príncipe encantado se não quiser morrer solteira. Nem muito menos no carnaval! Apenas espere por Ele, o cara certo, em lugares certos, ok? Até por que você não vai achar nada romântico se o seu PPG chegar em um cavalo branco no meio do show do Parangolé vai?
Dessa vez a história é rápida. Até por que, né? Foi Carnaval.
Eu lembro que foi meu primeiro carnaval desde que eu soube o quanto aquilo significava em relação a diversão! Eu era nova, com os meus bem vividos treze anos. Fui com a minha prima (a mesma que deu um empurrãozinho pro meu primeiro beijo) e outras duas amigas (a amiga que namorou o cara do meu primeiro beijo e aquela outra amiga pela qual eu fui substituída por ele) a uma das festa de carnaval mais bem conceituada do meu Estado. O objetivo a principio era se divertir ao máximo. Mas quando traições rolaram a coisa ficou diferente. Nós precisávamos conhecer alguém legal é lógico! Por que ali sim, era um campo minado de tamanha perfeição. Você olhava pro lado, BOM, explosão de beleza, olhava pro outro, BOM, explosão dupla de beleza e assim, BOM, BOM, BOM. Estavamos devastadas. Lembro que levei meu primeiro e único fora direto naquela noite. Quem disse que no carnaval você pode tudo? O cara tinha namorada. Lembro também que algum tempo depois eu esbarrei com ele. O cara do meu carnaval. Se você pedir para eu descrevê-lo agora eu não saberia. O tempo foi apagando o seu rosto das minhas memórias. Lembro que ele usava preto e que tinha o cabelo e os olhos castanhos. Lembro também do seu nome e esse eu vou revelar, até por que, já não me lembro mais dele e, com certeza, nem ele de mim. O nome dele é Caio.               
Nossa história de amor foi tão curta quanto o seu nome. Caio. Dois ou três beijos carnavalescos trocados, promessas que voltaríamos a nos ver ainda naquela noite, enfim. Eu era nova, mas não boba. Tudo acabou ali, depois de selada aquela promessa idiota. O nome ficou, mas o rosto... O rosto se foi.
Hoje, não sei de nada sobre ele. O que ele faz, onde ele mora, se ele está bem ou, ao menos, vivo. Mas onde quer que você esteja Caio, vivo ou morto, você me marcou de algum jeito. Você marcou o meu primeiro carnaval e me ensinou o que é folia (risos), mas não, você não era ele!

4 comentários:

  1. definitivamente não era ele....fico aguardando quando é que vai ser ele ó? tanta gente por aí...mas acho que vc ainda encontra esse ideal de Príncipe Encantado....só esperar...(ironia é claro)
    =D

    adorei o post!

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  2. Triste mesmo quando isso acontece.. nós queremos cada vez mais esse carinho e amor que eles nos dão por tempo determinado. Como um prazo de validade. Adorei o texto! Seguindo aqui, sucesso. =)

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  3. Aaah, e quando a gente fica os quatro dias com o mesmo cara, aquele que vc conheceu na sexta de carnaval ficou até a quarta e depois ainda continuaram se encontrando até o reveillon do ano seguinte?! oaiuoaiuaiou =/ Eu só demorei pra perceber que não era ele oaiuauaoiau ;x Otimo texto! beijo ;*

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  4. Nunca, nunca mesmo li tanta besteira misturada com visões ridículas e preconceituosas!

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