sexta-feira, 11 de março de 2011

Primeiro Namorado (PARTE 4 - e última)

Namorar é algo extremamente prazeroso na sua angústia de ser também absolutamente desgastante...
Você pode amar alguém antes de namorá-lo e depois que estiverem oficialmente juntos, deixar de gostar imediatamente dele como um dia gostou. É estranho, mas pode acontecer, com você, com sua amiga e até mesmo com seus pais.
Alguns namoros duram pouco devido a isso. A crise chamada: “Será que fiz a escolha certa?”. Se você nunca passou por isso, levante as mãos para o céu, porque é terrível!  Por maior que seja o amor que você pensou sentir, em algum momento você pensará nas suas escolhas e irá refletir se ele era o cara certo. Alguns precipitados terminarão os relacionamentos assim que essa dúvida surgir, outros deixam a turbulência passar, ansiosos para que a calmaria chegue, e existem aqueles que apenas empurram com a barriga.
Eu, por exemplo, passei por essa crise, os três primeiros dia de namoro foram literalmente tensos pra mim. Até porque, eu não fazia idéia de o que seria namorar, como agir e lidar com a situação. Era tudo tão novo! Mas, enfim, se você sobreviver a essa crise de identidade amorosa, as coisas fluirão.
No começo do relacionamento tudo é um mar de rosas. Beijos e carinhos trocados. Tudo é tão simples porque vocês são únicos e exclusivos um do outro. Mas se você tem 13 anos e, tanto você quanto seu namorado não tiveram relacionamentos anteriores, as coisas não fluem tão facilmente.  Por exemplo, ciúmes é uma coisa normal e essencialmente necessária em um relacionamento, nos sabemos disso, mas o medo de expressá-lo e parecer chata(o) é enorme quando você ainda está insegura e se acha uma criança para isso.
Por exemplo, eu sabia que ele gostava de mim e ele também sabia sobre os meus sentimentos, mas a nossa demonstração de afeto era algo extremamente vago, não porque não sentíamos, mas porque não sabíamos como lidar com um relacionamento sério.
Você pode até achar que não, mas às vezes, saber namorar é de fundamental importância para que um relacionamento dure! Alguns aprendem juntos, outros não.
O que eu quero dizer é que eu morria de ciúmes dele, mas guardava aquilo pra mim. Não conseguia expressar aquilo de forma alguma, ficava com vergonha de dizer que não gostei de ele ter feito isso ou aquilo, de ter falado isso ou aquilo ou de estar com aquela fulana naquele momento. Eu tinha receio de comentar que sentia sua falta em certos momentos, que queria que ele passasse os intervalos comigo ou que não fosse pra uma festa qualquer sem mim. Mas eu me sentia uma tola só em cogitar que palavras de repressão saíssem da minha boca.
Hoje eu sei que a base de um relacionamento é o diálogo! Então quebre as barreiras, você só chegará ao ponto G de um relacionamento se você se abrir para o parceiro. (risos)
Enfim... Podia até ser que ele sentisse esse tipo de necessidade também, mas se sentiu nunca deixou de fato transparecer...
O que acontece é que nos gostávamos, mas era como se aquilo bastasse. Estávamos contentes com o pouco que oferecíamos um para o outro sem perceber. Aquilo começou a me deixar novamente insegura, mas permaneci calada. Foi quando conheci o namorado da irmã dele.
Se você é uma garota de 13 anos, que nunca namorou, insegura com o próprio relacionamento e fortemente influenciável, você irá me entender.
Se você é uma garota de 17 anos, que já namorou pelo menos uma vez e é relativamente amadurecida, você irá entender a ingenuidade daquela garota anterior sem deixar de repreendê-la.
Eu já estava com alguns dias de namoro quando o conheci. Ele me adicionou no Orkut e no MSN, a princípio me falava muito da sua namorada. Dizia sentir as mesmas inseguras e dúvidas que eu sentia e de cara me senti a vontade pra conversar com ele sobre as coisas que não tinha coragem de falar com o meu namorado, talvez por que tínhamos um contato totalmente virtual.  Com o tempo, passei a conversar mais com ele sobre os meus sentimentos reprimidos do que com as minhas próprias amigas, eu me sentia bem, porque ele me entendia e parecia pensar exatamente como eu. Eu sentia então a necessidade que o meu namorado me ouvisse e me entendesse como ele, mas como isso iria acontecer se eu não tinha coragem de conversar com ele sobre isso? Minha cabeça borbulhava. Minha insegurança em relação ao meu namorado crescia, por que eu sentia sua falta, eu queria que ele me guiasse, me dissesse o que fazer, pois eu estava confusa e o queria comigo, mas quanto mais eu reprimia meus pensamentos mais nosso relacionamento se tornava superficial e minha amizade com o namorado da minha cunhada se fortalecia...  Foi quando ele disse o que estava pensando sentir por mim.
Se eu já estava confusa antes disso, tudo piorou. Como assim Bial? O namorado da irmã do meu namorado estava sentindo algo por mim?
Por dias não consegui tirar aquilo da minha cabeça, ele me ligava e eu me sentia bem conversando com ele sobre tudo. Mas quando eu estava com meu namorado, eu sabia que era ele quem eu queria mais que tudo.  O problema é que eu me sentia péssima por não poder falar sobre isso com ele, mas eu não conseguia nem dizer que sentia ciúmes dele, como diria sobre o que estava acontecendo?
E foi com o tempo, com a superficialidade dos nossos diálogos que pensei que as coisas entre eu e meu namorado não fossem mais durar. Pensei então em por fim naquilo, terminar com ele e seguir em frente, não agüentava aquele turbilhão de idéias na minha cabeça... Lembro que no dia em que tomei essa decisão eu encontrei com o namorado da irmã do meu namorado e conversamos muito, sobre isso e sobre outras mil coisas. Alguém nos viu juntos e decidiu acrescentar alguns pontos ao conto. E então, quando decidi chamar meu namorado para conversar em um dia qualquer no colégio, não sabia que era ele que iria dar um tempo na nossa relação. Quando eu ouvi aquelas palavras saindo da boca dele, senti meu coração parar. Não só pelo relacionamento que eu havia tanto idealizado ter um fim, mas por terminar por uma mentira qualquer. Demos, então, um tempo.
E esse tempo durou 1 semana.
E o que pouca gente sabe é que no dia em que voltamos eu tive a oportunidade de decidir com qual dois eu queria estar.  Minha prima marcou de nos encontrarmos na casa dela pra que eu e meu namorado conversássemos.  E enquanto eu terminava de me arrumar alguém bateu na porta. Quando atendi, me deparei com o namorado da irmã do meu namorado na minha porta.  Tudo o que eu senti naquele momento foi vontade de dar meia volta e fechar a porta. Eu estava feliz com a oportunidade de voltar com meu namorado, não queria que nada atrapalhasse, porém não queria magoá-lo, eu gostava dele também, de uma maneira diferente, mas gostava.
E então optei por estar com que eu achava que era a pessoa certa pra mim. E voltamos naquele dia. Com a promessa de que eu me afastaria do namorado da irmã do meu namorado.
Alguns dias depois essa promessa foi descumprida. Não lembro como foi ao certo. Lembro que aconteceu e eu falei para o meu namorado sobre isso. Terminamos no mesmo dia.
Fiquei muito mal, sofri bastante, chorei mais ainda. Me culpei mil e uma vezes, por mil e um motivos. Por perder a oportunidade de fazer o meu relacionamento dar certo, destruir a amizade com a minha cunhada que, de fato, era muito importante pra mim e por não entender como deixei que as coisas chegassem aquele ponto.
O mais difícil foi ser julgada e os dias depois do fim do meu namorado foram realmente cansativos e difíceis. Quando a poeira baixou, eu e meu namorado ficamos algumas vezes; eu e a minha cunhada voltamos parcialmente a nos falar, mas depois que a poeira baixou de vez, certos laços foram gastos.
Hoje, eu e meu ex-namorado nos falamos, somos amigos, ou ao menos acho que posso considerar assim. A minha amizade com minha ex-cunhada foi fortemente abalada, então, hoje, não temos nenhum vínculo, nos cumprimentamos, apenas. Quanto ao ex-namorado da minha ex-cunhada? Bom... Ele terá um POST no futuro!
No mais, cheguei a conclusão de que até poderia ter sido ele, mas não foi. Não era ele! (ou não foi dessa vez)

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