quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Sobre mim...


Olharam pra mim outro dia e viram a garota doce que sou, viram a menina ingênua e boba que nunca deixei de ser, viram a alegria e meiguice que eu carrego e depois me chamaram de trouxa. O que eu fiz depois de saber de tudo isso? Fiz jus ao julgamento.

Olharam pra mim, certa vez, e viram a garota esperta que sou, viram a menina fria e calculista que nunca deixei de ser, viram a luxúria e o egoísmo que eu carrego e depois fugiram de mim. O que eu fiz depois de saber de tudo isso? Fiz jus ao julgamento.

Minha mãe quer que eu seja uma boa filha, meu pai zela por meus estudos e tudo que minha irmã pede é que eu seja mais simpática. Meus amigos me amam, às vezes, por meu senso de humor incrível e me odeiam, às vezes, por usá-los nas horas erradas. Os ‘casinhos’ de amor que já tive não depositaram total confiança em mim e os que depositaram foram traídos, não por mim, mas por circunstâncias erradas. Os colegas me acham fútil, apesar de saber pouco sobre mim, ou conhecer apenas aquilo que eu quero mostrar, já os meros conhecidos me detestam pela pose de esnobe que transmito e por eu não olhar pro chão que piso, mal sabe eles quantas quedas já levei por ter um pouco de segurança extra. Segurança essa que, algumas vezes, ainda sofre alguns abalos momentâneos.

Olharam pra mim, certa vez, e viram uma garota indecisa, insegura e que tem medo do que os outros vão pensar, viram a menina que é apenas uma menina, viram a insensatez e o medo que eu carrego e depois me chamaram de criança. O que eu fiz depois de saber de tudo isso? Resolvi brincar de ser um pouco de tudo, para fazer jus ao meu próprio julgamento.

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