sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O Primeiro Beijo

O primeiro beijo pode ser visto de diversos aspectos e de diversas formas.
O primeiro beijo pode ser o primeiro contato íntimo que você teve com o seu parceiro, quem quer que ele seja, e que ,de alguma forma, te tocou tanto emocionalmente quanto fisicamente. Digamos que para muitos o primeiro beijo é ,sem dúvidas, a situação mais constrangedora e nojenta que podemos ter. É a fase que nos sentimos parte de um todo. Que entendemos o verdadeiro motivo de finalmente sermos considerados adolescentes/adultos. Pois não se enganem, por mais frustrante que seja o seu primeiro beijo, você sempre irá querer repeti-lo. Diversas e diversas vezes.
Eu tinha doze anos. Para os meus pais, eu era muito jovem. Nem tinha peito suficiente para proteger o meu pobre coração que tantas vezes iria sofrer grandes golpes da paixão. Mas era adulta o suficiente para sentir atração por um garoto qualquer que eu achasse que me convinha de alguma forma. A verdade é que bem antes disso eu tive minha primeira paixão séria. Daquelas que você sente uma vontade insana de abraçar, beijar e estar com a pessoa a qualquer hora do dia. Eu tinha dez anos naquela época. Ele tinha quinze. Foi o meu primeiro selinho de garota e garoto. E teve gosto de pirulito de morango. Mas não trataremos desse assunto agora. Ele retornará nos próximos posts.
O que importa é que o meu primeiro beijo, beijo mesmo, se é que você me entende depois desta ênfase toda, foi aos 12 e, como toda garota, eu posso afirmar que foi inesquecível! (Nojento também).
Ele era meu vizinho. Sempre o via pedalando por frente a minha casa logo cedo. Ele não era o garoto mais bonito que eu já vira, nem o mais forte, nem o mais simpático. Ele era magro, tinha os cabelos longos, longos mesmo, abaixo do ombro e sempre passava tão rápido que nunca chegava a ver com precisão seu rosto. Mas acabamos nos conhecendo depois que ele foi estudar na mesma escola que eu. E com o passar do tempo nos aproximamos. Aconteceu quase que naturalmente. Não vou mentir dizendo que nossos olhares se cruzaram e a química aconteceu. Não, isso não é verdade. Com a ajuda da minha querida prima as coisas simplesmente foram agilizadas.  O que lembro é que ainda estava no começo do ano, o cheiro do uniforme novo ainda estava no ar, as canetas ainda não estavam gastas e as letras no caderno ainda estavam uniformes já que a preguiça que vem com o decorrer do tempo ainda não havia batido em minha porta. Encontramo-nos em frente a casa dele à noite. Sentamos um ao lado do outro e ficamos envergonhados, sem saber o que dizer. Com um empurrãozinho aqui e outro ali meu primeiro beijo aconteceu! O que eu me lembro daquele momento? Eu lembro de pensar o seguinte: “Que P* é essa que ele ta fazendo?” e depois de pensar: “ECAAAA!” e logo depois: “ Isso não vai acabar nunca?” e em seguida já havia acabado. Um silêncio mortal se seguiu. Novamente nos beijamos. E depois de alguns beijos eu me tornei mestre nessa arte.
Meu primeiro beijo se resume a isso. Mas o melhor ou pior, dependendo do ângulo de quem ver a história vem a seguir.  Acompanhado ao meu primeiro beijo e a minha primeira paixão adolescente veio minha primeira decepção amorosa.
 Eu era muito nova. Nunca havia beijado nada e nem ninguém antes. Eu estava com vergonha. O pior. Eu era uma garota de doze anos com vergonha. Então imagine só a dificuldade que eu tinha de levantar todas as manhãs e saber que eu ia me deparar com o meu suposto príncipe encantado todo os dias à tarde no colégio e que, no final das contas, eu não iria conseguir nem cumprimentá-lo sem que minhas pernas tremessem. Isso acabou dificultando as coisas. E aos poucos minha timidez ia me afastando do meu primeiro amor juvenil. Não deu outra! Fui substituída.
COMO ASSIM BIAL? Eu tinha doze anos e estava apaixonada/envergonha/substituída.
E o pior, por uma amiga! Não. Ele não podia fazer isso comigo. Eu o amava!
Ele me ligou na noite em que eu descobri. Nós conversamos e eu acabei jogando todo o meu ódio em cima dele. Derramei minhas primeiras lágrimas reais por um homem. As primeiras de muitas que viriam. E ali, naquele momento, eu era apenas uma garota traída e humilhada por alguém que eu jurava amar aos doze anos.  Nossa história de amor durou apenas alguns meses. No final das contas, ele acabou sem nenhuma das duas.
A verdade é que ele namorou durante um ano minha melhor amiga e, atualmente, ele está solteiro. Ele não é mais meu vizinho, mas nos vemos bem mais hoje do que durante todos os anos que moramos um perto do outro. Hoje, não guardamos mágoas um do outro nem sustentamos esperanças de que nossa história volte a acontecer (pelo menos, não eu). Somos amigos e compartilhamos momentos incríveis juntos. Mas, infelizmente, não era ele!

5 comentários:

  1. O primeiro beijo é, realmente, inesquecível, e eu me vejo muuito nessa história, a diferença é que não era meu vizinho oaiuaoiuaou ;x & hj eu penso: ainda bem que não era ele kkkkk' Ótimo texto, beijo ;*

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  2. Adoreeei ! " isso não vai acabar nunca ? " Lembro de ter pensado mais ou menos isso no meu primeiro beijo, enfim. Ri muito. Xoxo

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  3. O primeiro beijo a gente nunca esquece, mesmo! O meu também teve um empurrãozinho aqui e outro ali (dos amigos) e então tudo aconteceu.. Acho que a maioria dos primeiros beijos se resumem a isso! Ah, e não, eu não pensei: "Eca! Que nojo!!!" Acho que sou uma das poucas! hahahaha

    P.S.: Fiquei curiosa pra saber quem era o vizinho! iaueheiuhaeui

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  4. avé maria mamãe, ainda bem que não era ele!

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  5. Quem dera eu já soubesse o que eu queria no dia em que eu dei meu primeiro beijo! Mas foi melhor assim. Talvez tenha sido necessário, se é que vocês me entendem !

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