quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

14:29

As primeiras batidas da música ecoaram pelo quarto. Não lembro o que eu fazia ao certo naquele instante, mas, pela primeira vez não me sobressaltei imaginando que dessa vez poderia ser ele. Não, dessa vez eu segurei o celular e corri os olhos pela tela sem torcer para ver seu nome e, por melhor ou pior que isso seja, ele estava lá. Segurei firme e aproximei o telefone dos meus olhos constatando que realmente era ele que me ligara. O sorriso surgiu meio que involuntariamente e eu atendi.

Engraçado...

Eu poderia ter desligado, ignorado ou apenas ter dito que estava ocupada e que não podia falar naquele momento, mas não o fiz. Isso é o que eu faria com os outros. Tenho de aproveitar, pois, a única coisa boa que ele desperta em mim: a vontade de ser, no mínimo, um  pouco menos indiferente.

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