Antes de dormir

Ontem à noite, antes de dormir, aconteceu algo, no mínimo, estranho. Como sempre, quando o sono não vem, começo a imaginar o que farei no dia seguinte, nos meses seguintes, enfim, no futuro. Quando não, paro pra pensar nas coisas que aconteceram, penso nos meus amigos, nas risadas, em como foi boa a festa daquela noite, mas, acima de tudo, me pego pensando sempre em você. Como seria te ver novamente, sem me programar pra isso. Como seria encarar teu sorriso covarde, que não tem hora certa pra aparecer. No entanto, ontem à noite, isso não aconteceu. Minha cabeça vagava por um turbilhão de pensamentos fúteis e incrivelmente desnecessários e que às vezes até me preocupavam. Sabe aquelas coisas que você não quer nem pensar pra não se preocupar antes mesmo que isso possa um dia chegar a acontecer? Aquelas coisas, como: a cor da roupa que vou usar em uma festa que talvez eu nem vá ou se o fim do mundo vai mesmo acontecer naquela data prevista pelos Maias ou pelos Incas ou por nenhum dos dois, que seja. Você entende do que eu to falando? Pois bem, pensamentos como esse começaram a rondar por minha cabeça antes de eu dormir e daí, quando o sono começou a bater e os meus olhos já estavam pesados e o corpo já quase que 100% relaxado, comecei a me preocupar por dar importância a assuntos tão irrelevantes como todos esses e me esquecer de pensar em você. E eu tentei. Tentei te manter presente ali por algum tempo e tentar te relacionar a alguns daqueles temas aleatórios que eu “mirabolava” durante a noite e comecinho da madrugada, mas não consegui. Pela primeira vez eu não consegui te segurar junto a mim. E sabe o que é o melhor? Eu não estou nem um pouco aí pra isso! Que venham mais noites como essa.