domingo, 5 de fevereiro de 2012

Beijo em uma língua intelectual


É incrivelmente chato e tedioso (por mais belo que ele seja) o homem que não consegue desenvolver um assunto por mais do que 2 minutos e 43 segundos. O que eu creio que seja a média pra se estabelecer os contatos iniciais de qualquer “pseudo-conversa”.

No entanto, aquele homem que me prova o contrário nesses exatos 2 minutos e 43 segundos iniciais de diálogo, terá a certeza de que irá desvendar um mundo incrível sobre nossas idéias que talvez nem sejam compatíveis, mas podem ser satisfatoriamente complementares.

Por que é disso que eu sinto falta: um pouco de criatividade insana, de desdém do que eu digo, de irritação por idéias incompatíveis, de discussão por assuntos já banalizados, de interesses por coisas aleatórias e risadas por não saber como fomos parar ali, naquele assunto que, às vezes, não tem nada de cômico, nada de dramático, nada que o faça importante de ser mencionado, mas que se tornou relevante pra nós dois naquele instante que pareceu voar.

E que voou e você nem se deu conta que o tempo passou, que a música parou de tocar e que suas amigas já estão irritadas e sonolentas e talvez até entediadas por não estarem desfrutando da única coisa peculiar daquilo tudo. A vontade de entender como alguém te conhece tão bem antes mesmo de ter te conhecido plenamente.

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